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O que é a gestão? O que faz um gestor?

Os picos picam. As melgas melgam. Os gestores gerem.

E o que é isso da gestão? Os mais velhos perguntem às suas mães como faziam para fazer render os salários dos pais ao longo de um mês. Só se consegue gerir o que se tem. Quando se gere o que não se tem, porque outros mais tarde o pagarão, gastando-se mais do que se ganha, cria-se um défice, ou seja, um diferencial negativo nas contas. Mas isso já é outra história…

Então, o que é isso da gestão? Gerir implica a obtenção de resultados através dos esforços dos outros. Um gestor utiliza os recursos humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e de informação ao seu dispor. Através de diversos processos, o gestor vai alcançar determinadas metas, fabricar produtos, disponibilizar serviços, obter ganhos de eficiência ou aumentar a eficácia.

As funções principais de um gestor resumem-se (por favor colocar entre aspas, porque quem faz da gestão a sua profissão sabe que são tarefas muito exigentes) a quatro grandes áreas:

Planeamento

  • Conhecendo-se os recursos à sua disposição o gestor traça a estratégia para alcançar os objetivos definidos. Para que esta estratégia possa ser conhecida de todos na empresa, e para que cada elemento saiba o que lhe compete fazer, elabora-se um guia o qual pretende antecipar – tanto quanto for possível – as ações e tarefas a executar;

Organização

  • Após se saber o que se deve e quando fazer, importa determinar quem e com que recursos. A este processo chama-se organização, na qual são estabelecidas as relações entre os diferentes recursos na prossecução dos objetivos;

Direção

  • Para que as ações planeadas e adjudicadas aos trabalhadores sejam efetivamente realizadas o gestor tem de dirigir a empresa. Isto significa liderar e influenciar os recursos humanos e levá-los a fazer o que deve ser feito. O gestor tem à sua disposição três importantes ferramentas para utilização diária e constante: motivação, liderança e comunicação;

Controlo

  • Infelizmente, uma grande parte dos empresários confia em demasia nas capacidades dos seus recursos humanos. Estes, mesmo sendo excelentes, possuem diferentes motivações e nem sempre atuam no melhor interesse da organização. Assim, ao gestor importa controlar todos os processos, adequando as tarefas aos melhores profissionais, aconselhando formação aos quadros quando necessário, recomendando ações corretivas ou simplesmente reformulando o plano inicial sempre que necessário.

Gerir é uma das missões mais complexas existentes nas empresas. Mesmo quando se gere o próprio património, qualquer decisão pode implicar uma quebra de receitas, o despedimento de funcionários, bem como a conquista de novos clientes, o aumento das vendas ou a internacionalização do negócio. Os altos e baixos da gestão fazem parte do dia-a-dia do gestor, cuja resiliência, capacidade de colaboração e de comunicação, conhecimentos de finanças e pensamento crítico são algumas das características mais apreciadas na atualidade.

 

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Sabe qual é o negócio da sua empresa?

Uma das primeiras perguntas que um empreendedor ou empresário deve fazer é “Qual é o meu Negócio?”, ou seja, saber o que faz, para quem e como. Muitas empresas industriais continuam a pensar que é o resultado que sai da sua fábrica o seu negócio. E quantas mais peças idênticas venderem, mais dinheiro poderão ganhar.

Acontece que o negócio é sempre determinado pelo cliente/consumidor e, sobretudo, pela procura da satisfação das suas necessidades. Uma empresa pode ser excelente a fazer um determinado produto, graças aos melhores recursos humanos do mercado, à tecnologia mais avançada e ao conhecimento avançado sobre o mesmo. No entanto, os potenciais clientes não lhe reconhecem a necessidade e o produto não se vende. O negócio é muito mais complexo do que um simples produto.

O fundamental é identificar a necessidade do consumidor e procurar satisfazê-la eficazmente, acrescentando valor para o entregar ao cliente. Esse valor pode resultar de inovações do produto ou da organização, de estratégias de marketing e de comunicação.

O valor só é transformado em moeda quando o consumidor o reconhece e está, por isso, disponível para pagar um preço correspondente. Na maioria das vezes, o valor é representado pela marca, à qual estão associadas inúmeras variáveis tangíveis e intangíveis do produto, da empresa e do mercado.

Assim, questionar qual a essência do negócio e compreender a sua natureza permite definir os objetivos e determinar a melhor estratégia de marketing a implementar pela empresa.

 

 

 

Cartaz Futura

FUTURA: Conferência de Marketing Digital

 

Lisboa vai acolher, no final do mês de novembro, a conferência Futura – Boosting Digital Marketing com a presença de três oradores de grande nível internacional:

  • Don Tapscott é especialista mundial em digital, inovação e media e conselheiro de decisores e governos. Está classificado como um dos mais influentes especialistas de gestão e o mais influente da área digital pela Thinkers50.
  • Ari Wallach é um futurista, estrategista e especialista em inovação social.
  • Neil Patel é um marketer digital e influenciador. É autor best-seller do New York Times e foi reconhecido pelo Presidente Barack Obama como um dos 100 melhores empreendedores até 30 anos.

Com o digital a reforçar inexoravelmente a importância do Marketing na cadeia de valor das empresas, a FUTURA vem fazer o boost do Digital Marketing e promover o networking entre os decisores portugueses e internacionais, de todos os setores. Don Tapscott, Neil Patel, Ari Wallach e alguns dos mais relevantes decisores portugueses partilham, em Lisboa, os fatores-chave que determinam hoje o futuro e o sucesso das suas empresas.

A conferência, que decorre no Four Seasons Hotel Ritz Lisbon nos dias 29 e 30 de novembro, destina-se a pessoas que queiram antecipar as tendências futuras dos mercados, ouvindo, conversando e interagindo com alguns dos maiores especialistas mundiais em Marketing Digital.

Até 31 de outubro as inscrições beneficiam de um desconto especial, sendo que estas principiam nos 850 € (mais IVA).

Marketing Digital

Marketing Digital para a Internacionalização

Vai abrir, a 30 de outubro, a 2ª fase de candidaturas à Pós-Graduação em Marketing Digital para a Internacionalização. Trata-se uma formação da Industry Business School da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico do Porto, em parceria com a Impacting Digital.

A formação encontra-se dividida em três trimestres, de novembro de 2018 a julho de 2019, será ministrada em regime pós-laboral, às sextas e sábados, no Instituto Empresarial do Tâmega (IET), em Amarante.

Os principais objetivos da pós-graduação são dar a conhecer novas práticas relacionadas com o desenvolvimento de negócio em canal digital, saber as ferramentas digitais como estratégia no quotidiano das tarefas organizacionais, dominar a comunicação da identidade da marca em contexto digital favorecendo o brand building e a co-creation em contexto internacional e saber utilizar as redes sociais de forma profissional e eficaz.

As candidaturas estarão disponíveis até 5 de novembro AQUI.

A miopia em Marketing

Qualquer setor de atividade económica que atravessa hoje em dia uma acalmia já foi, em algum momento da sua história, um setor em rápido crescimento. Alguns dos setores que, atualmente, estão em expansão entusiástica vão, mais cedo ou mais tarde, enfrentar uma quebra ou até mesmo uma paragem. As razões para o crescimento ser ameaçado, retardado ou parado raras vezes resultam da saturação do mercado. Na maioria das situações decorrem de erros de gestão.

Estas conclusões, tão atuais que qualquer um de nós se revê nelas, não foram tiradas agora. Theodore Levitt publicou-as em 1960, na Harvard Business Review, num artigo denominado “A Miopia em Marketing”. Para este autor – ainda hoje seguido pela maioria dos especialistas em Marketing, a culpa vem sempre de cima. E por cada percalço ocorrido no ciclo de crescimento da indústria, quatro condições emergem:

  1. A crença de que para crescer basta atingir mais pessoas e mais abastadas;
  2. Acreditar-se que não existe nenhum substituto competitivo para o principal produto;
  3. Defender em demasia a produção em massa e as vantagens da diminuição do custo unitário à medida que a produção aumenta;
  4. Excessiva preocupação com o produto, a qual condiciona a experimentação científica, os melhoramentos e a redução dos custos de produção.

 

Levitt acusa os responsáveis na cúpula de estarem demasiado concentrados no que fazem em vez de preocuparem com os seus consumidores e clientes. Esta miopia leva a investimentos desajustados da realidade e à ausência e inovação e de marketing no sentido do consumidor.

O autor aponta como exemplos o setor ferroviário, Hollywood, as empresas petrolíferas ou as mercearias. Hoje em dia, podemos discutir o setor automóvel, a indústria do táxi, as lojas de rua, para percebermos que, apesar de quase 60 anos volvidos, tudo mudou, mas que tudo está na mesma.

Aliás, nem é difícil extrapolar para os países. Portugal, por exemplo, encontra-se limitado nas decisões políticas efetuadas há centenas de anos devido às cúpulas. Estas estiveram sempre demasiado concentradas no seu próprio umbigo para se preocuparem os seus clientes, ou seja, os cidadãos portugueses e quem aqui trabalha e vive.

Para evitar o declínio e até mesmo a obsolescência basta, assim, que líderes e dirigentes queiram “abrir os olhos” e escutar quem mais sabe do seu negócio: os consumidores.

Capa Livro Mercator

“Mercator 25 anos – O Marketing na Era Digital”

O manual de marketing mais consultado em Portugal está de volta. Trata-se de uma edição para celebrar os 25 anos (!) da primeira edição.

O mundo mudou muito nestes 25 anos. A União Europeia solidificou-se e foram assinados os tratados de Maastrich e o de Lisboa, chegando-se mesmo a discutir a possibilidade de uma Constituição Europeia, a qual acabou por não ocorrer. Na altura em que o primeiro livro foi publicado era Primeiro-Ministro de Portugal Cavaco Silva. Seguiram-se-lhe Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, Sócrates, Passos Coelho e António Costa. Ocorreu o ataque de 11 de setembro, nos Estados Unidos, que derrubou as Torres Gémeas. Deu-se o crash do subprime, o escândalo do Lehman Brothers, que culminou na crise das dívidas soberanas na Europa e, consequentemente, a intervenção da Troika em Portugal.

O “Mercator 25 anos – O Marketing na Era Digital”, de Pedro Dionísio e Vicente Rodrigues (que mantêm na capa os nomes dos primeiros autores, ainda que grande parte desse conteúdo já tenha sido reescrito e atualizado), conta com novos casos e exemplos de todos os países de língua portuguesa e com um novo capítulo dedicado ao Marketing Digital.

Mais do que um livro, o Mercator é um precioso instrumento ao qual importa sempre voltar, para eliminar uma dúvida, esclarecer uma ideia ou, simplesmente, saber como se faz marketing. Há quem lhe chame a “Bíblia” do Marketing em Portugal. Não sei se todos pensarão desta forma, mas que é um livro absolutamente incontornável, lá isso é. Que o digam os mais de 130 mil leitores das versões anteriores.

Encontra este livro à venda na sua livraria habitual ou, em alternativa, na Wook, na Fnac ou na Leya Online, em versão papel ou edição eletrónica (ebook).

Cidades: escutar residentes, empregadores e trabalhadores

Mihalis Kavaratzis, especialista em Place Branding, em entrevista ao sítio Place Brand Observer, defende que a Internet e as tecnologias digitais contribuíram para uma mudança na gestão das cidades. A comunicação bilateral, mais rápida, acessível e democrática implica alterações na relação entre os governantes e os atores mais importantes em termos de Place Branding: os residentes.

Apesar de se tratar de uma disciplina recente, as cidades começam a preocupar-se cada vez mais com os stakeholders internos – residentes, empregadores e trabalhadores – em detrimento de uma comunicação quase em exclusivo no sentido da atração de turistas e de investidores.

lisbon-1801727-300x199 Cidades: escutar residentes, empregadores e trabalhadores

Durante muitos anos, os responsáveis pelas cidades (ou dos municípios, à escala nacional) consideravam que bastava atrair turistas e investidores para aumentar os rendimentos dos locais e para criar emprego. Ainda que seja inquestionável o crescimento económico de muitas cidades a nível mundial assente nestas duas premissas, a pressão turística e o tipo de investimento registado também desempenharam um papel muito significativo no afastamento de muitos residentes. Mesmo o perfil empresarial foi alterado, através de empregos pouco qualificados, nomeadamente nos serviços e no turismo, na maioria das vezes mal pagos e precários. Acresce ainda que a procura imobiliária, principalmente por parte de investidores estrangeiros, aumentou os preços das habitações e das rendas para valores incomportáveis para muitos daqueles que habitavam as cidades.

É neste contexto que quem tem por missão gerir as cidades necessita de regressar às origens e ouvir os agentes locais sobre o que pretendem para a sua urbe. Medidas avulsas, de bloqueio a investimentos turísticos em certas partes das cidades ou criando medidas que dificultem a compra e venda de imobiliário, só irá ajudar ao regresso de um passado não muito distante onde prédios devolutos, degradados, afastam pessoas e negócios.

A cidade, enquanto marca, terá de ser construída com o apoio de todos, para se fazer dela um elemento de união.

Como comunicar nos mercados externos

A criação de uma marca é um passo fundamental para a afirmação de uma empresa a nível internacional.

A importância da marca é ainda mais relevante quando se trata de empresas B2B, em que o principal contacto é efetuado pelos clientes, sejam eles retalhistas ou distribuidores locais, e não por quem produz.

Conhecer os consumidores de uma marca, estudá-los profundamente e compreender as suas motivações e necessidades constitui, assim, o primeiro passo para essa estratégia. Com base neste conhecimento, a marca deve ser construída assente em dados identitários fortes e seguros. A marca deve fornecer as respostas aos anseios e preocupações dos consumidores.

Quando se comunica o produto ou o serviço dessa marca o foco deve residir na oferta ao consumidor da melhor experiência possível, em vez de procurarmos efetuar uma simples venda. A grande ambição da comunicação passa por criar um envolvimento com o consumidor no sentido em que este deseje comprar o produto, de modo a satisfazer a sua necessidade.

mobile-phone-1917737-300x200 Como comunicar nos mercados externos

Para se atingir este desiderato, o investimento na comunicação é condicionado por uma estratégia de marketing de conteúdo, na qual são criados elementos – vídeos, textos, fotografias – que despertam e cativam o interesse do consumidor e o envolvem nos determinantes da identidade da marca. O tom da comunicação, atendendo às características dos tempos atuais, deve ser leve e ligeiramente bem-humorado. Este descomprometimento da marca surge, aos olhos do consumidor, mais genuíno do que campanhas bem produzidas, onde os orçamentos falam mais alto.

A tecnologia desenvolvida nos últimos anos permitiu às empresas reduzir substancialmente os custos associados à estratégia de marketing pela adoção de canais digitais. Importa não esquecer que a maioria dos utilizadores da Internet o fazem através de um pequeno dispositivo que transportam constantemente consigo.

A estratégia de marketing de conteúdo deve, ainda, ser estimulada pela preocupação em apresentar constantes inovações ou novidades ao consumidor, mantendo dessa forma o seu interesse e a motivação pela marca.

Através destes passos, a organização desenvolve a marca, estimula os consumidores e prepara os mercados para a estratégia comercial da empresa.