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Aumentar a competitividade através dos estudos de mercado

Atualmente, as pequenas e médias empresas (PME) enfrentam ambientes de negócios altamente competitivos e desafiadores. Para sobreviver e prosperar nestes cenários, é essencial que as PME compreendam as necessidades, preferências e comportamentos dos consumidores. E é aí que entram os estudos de mercado. Uma ferramenta cada vez mais acessível, com um potencial gigantesco de contribuição para melhores decisões de gestão e marketing.

Os estudos de mercado, quando bem executados, fornecem informações muito valiosas sobre o mercado-alvo de uma PME. Ajudam as empresas a entender o perfil do cliente, a identificar as necessidades do mercado e a analisar a concorrência. Ao realizar estudos de mercado adequados, as PME podem tomar decisões estratégicas sustentadas em dados sólidos, minimizando os riscos e maximizando as oportunidades.

Uma das principais vantagens dos estudos de mercado é que estes ajudam as PME a conhecerem melhor o seu público-alvo. Ao compreender os desejos, necessidades e preferências dos consumidores, as empresas podem adaptar os seus produtos, os serviços e as estratégias de marketing de forma muito mais eficaz. Isso resulta na maior satisfação do cliente, na sua fidelização e, consequentemente, num aumento das vendas e dos lucros.

Por outro lado, os estudos de mercado permitem que as PME identifiquem tendências e mudanças subtis no mercado. Isso é fundamental para que as empresas se mantenham atualizadas e se adaptem rapidamente às novas necessidades dos consumidores. Por exemplo, se uma empresa de vestuário descobre que os consumidores estão cada vez mais interessados em roupas sustentáveis, é possível pode ajustar a produção e as estratégias de marketing para responder a essa procura crescente.

Os estudos de mercado também ajudam as PME a avaliarem a concorrência de forma mais precisa. Ao analisar o posicionamento, os preços, os produtos e as estratégias de marketing dos concorrentes, as PME podem identificar oportunidades de diferenciação e desenvolver uma vantagem competitiva. Compreender a concorrência é essencial para garantir que a empresa se destaque num mercado, muitas vezes, demasiado saturado.

Os estudos de mercado são, assim, ferramentas indispensáveis para as PME. Fornecem informações valiosas sobre o mercado-alvo, ajudam a conhecer melhor os clientes, a identificar tendências e mudanças no mercado, bem como a avaliar a concorrência. Com base no conhecimento obtido, as PME podem tomar decisões estratégicas mais informadas, aumentar a sua competitividade e alcançar o sucesso a longo prazo. Portanto, investir em estudos de mercado é essencial para o crescimento e a sobrevivência das PME no atual cenário empresarial.

 

Foto de Stephen Dawson na Unsplash

Transição digital e inovação na agenda do Compete 2030

A transição digital da economia portuguesa e a inovação são os valores mais importantes para a nova fase de candidatura aos fundos europeus. No total, vão estar disponíveis quase 4 mil milhões de euros destinados a “projetos nas áreas da Inovação Produtiva, Qualificação e Internacionalização das PME, Investigação e Desenvolvimento, Transição Climática e Energética e Qualificação dos Recursos Humanos, entre outras”[1], através do Compete 2030.

Estes projetos devem ser, prioritariamente, de PME, embora as grandes empresas também possam beneficiar, desde que as operações sejam financiadas pelo FTJ e aprovadas no âmbito dos Planos Territoriais para uma Transição Justa. A inovação produtiva pode ser expressa por intermédio da criação de um novo estabelecimento, do aumento da capacidade de um estabelecimento já existente, da diversificação da produção ou da alteração fundamental do processo global de produção. São consideradas despesas elegíveis, sobretudo, os ativos corpóreos e incorpóreos ou, em alternativa, custos salariais; a construção de edifícios, obras de remodelação e outras construções (para os setores da indústria e do turismo); a aquisição de material circulante (exclusivamente para o setor do turismo); e a formação dos recursos humanos.

O tecido empresarial deve, assim, começar a preparar-se para esta nova fase de investimento financiado, através de projetos que elevem a capacidade produtiva das empresas, pelo recurso à inovação e apostando na digitalização das atividades. A inovação, de acordo com o Manual de Oslo, pode ser ao nível do produto, do processo, organizacional e de marketing. Já a transição digital contribui para o aumento da produtividade e para a internacionalização dos negócios.

Pelo expresso acima, os setores mais privilegiados no Compete 2030 serão, sem dúvida nenhuma, a indústria e o turismo, especialmente importantes pela sua capacidade de gerar produtos e serviços transacionáveis. Assim, estes apoios europeus poderão contribuir, significativamente, para o aumento da produtividade nacional e gerar balanças comerciais positivas, assim o queiram e ambicionem os empresários portugueses, e o permitam as autoridades avaliadoras dos projetos.

Recorde-se que[2] “os Sistemas de Incentivos, consubstanciando apoios diretos às empresas, constituem uma parte muito relevante dos apoios dos fundos europeus, tendo contribuído para a transformação do tecido produtivo nacional, apoiando a criação de bens e serviços inovadores e de maior valor acrescentado, para a qualificação das empresas, fomentando o investimento em fatores imateriais de competitividade, e para a internacionalização da economia, promovendo as exportações”.

 

 

[1] Compete 2030, in revista Portugal Global, maio 2023, AICEP

[2] Portaria nº 103-A/2023, de 12 de abril

 

 

Foto de Jason Goodman na Unsplash