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Aumentar a competitividade através dos estudos de mercado

Atualmente, as pequenas e médias empresas (PME) enfrentam ambientes de negócios altamente competitivos e desafiadores. Para sobreviver e prosperar nestes cenários, é essencial que as PME compreendam as necessidades, preferências e comportamentos dos consumidores. E é aí que entram os estudos de mercado. Uma ferramenta cada vez mais acessível, com um potencial gigantesco de contribuição para melhores decisões de gestão e marketing.

Os estudos de mercado, quando bem executados, fornecem informações muito valiosas sobre o mercado-alvo de uma PME. Ajudam as empresas a entender o perfil do cliente, a identificar as necessidades do mercado e a analisar a concorrência. Ao realizar estudos de mercado adequados, as PME podem tomar decisões estratégicas sustentadas em dados sólidos, minimizando os riscos e maximizando as oportunidades.

Uma das principais vantagens dos estudos de mercado é que estes ajudam as PME a conhecerem melhor o seu público-alvo. Ao compreender os desejos, necessidades e preferências dos consumidores, as empresas podem adaptar os seus produtos, os serviços e as estratégias de marketing de forma muito mais eficaz. Isso resulta na maior satisfação do cliente, na sua fidelização e, consequentemente, num aumento das vendas e dos lucros.

Por outro lado, os estudos de mercado permitem que as PME identifiquem tendências e mudanças subtis no mercado. Isso é fundamental para que as empresas se mantenham atualizadas e se adaptem rapidamente às novas necessidades dos consumidores. Por exemplo, se uma empresa de vestuário descobre que os consumidores estão cada vez mais interessados em roupas sustentáveis, é possível pode ajustar a produção e as estratégias de marketing para responder a essa procura crescente.

Os estudos de mercado também ajudam as PME a avaliarem a concorrência de forma mais precisa. Ao analisar o posicionamento, os preços, os produtos e as estratégias de marketing dos concorrentes, as PME podem identificar oportunidades de diferenciação e desenvolver uma vantagem competitiva. Compreender a concorrência é essencial para garantir que a empresa se destaque num mercado, muitas vezes, demasiado saturado.

Os estudos de mercado são, assim, ferramentas indispensáveis para as PME. Fornecem informações valiosas sobre o mercado-alvo, ajudam a conhecer melhor os clientes, a identificar tendências e mudanças no mercado, bem como a avaliar a concorrência. Com base no conhecimento obtido, as PME podem tomar decisões estratégicas mais informadas, aumentar a sua competitividade e alcançar o sucesso a longo prazo. Portanto, investir em estudos de mercado é essencial para o crescimento e a sobrevivência das PME no atual cenário empresarial.

 

Foto de Stephen Dawson na Unsplash

Transição digital e inovação na agenda do Compete 2030

A transição digital da economia portuguesa e a inovação são os valores mais importantes para a nova fase de candidatura aos fundos europeus. No total, vão estar disponíveis quase 4 mil milhões de euros destinados a “projetos nas áreas da Inovação Produtiva, Qualificação e Internacionalização das PME, Investigação e Desenvolvimento, Transição Climática e Energética e Qualificação dos Recursos Humanos, entre outras”[1], através do Compete 2030.

Estes projetos devem ser, prioritariamente, de PME, embora as grandes empresas também possam beneficiar, desde que as operações sejam financiadas pelo FTJ e aprovadas no âmbito dos Planos Territoriais para uma Transição Justa. A inovação produtiva pode ser expressa por intermédio da criação de um novo estabelecimento, do aumento da capacidade de um estabelecimento já existente, da diversificação da produção ou da alteração fundamental do processo global de produção. São consideradas despesas elegíveis, sobretudo, os ativos corpóreos e incorpóreos ou, em alternativa, custos salariais; a construção de edifícios, obras de remodelação e outras construções (para os setores da indústria e do turismo); a aquisição de material circulante (exclusivamente para o setor do turismo); e a formação dos recursos humanos.

O tecido empresarial deve, assim, começar a preparar-se para esta nova fase de investimento financiado, através de projetos que elevem a capacidade produtiva das empresas, pelo recurso à inovação e apostando na digitalização das atividades. A inovação, de acordo com o Manual de Oslo, pode ser ao nível do produto, do processo, organizacional e de marketing. Já a transição digital contribui para o aumento da produtividade e para a internacionalização dos negócios.

Pelo expresso acima, os setores mais privilegiados no Compete 2030 serão, sem dúvida nenhuma, a indústria e o turismo, especialmente importantes pela sua capacidade de gerar produtos e serviços transacionáveis. Assim, estes apoios europeus poderão contribuir, significativamente, para o aumento da produtividade nacional e gerar balanças comerciais positivas, assim o queiram e ambicionem os empresários portugueses, e o permitam as autoridades avaliadoras dos projetos.

Recorde-se que[2] “os Sistemas de Incentivos, consubstanciando apoios diretos às empresas, constituem uma parte muito relevante dos apoios dos fundos europeus, tendo contribuído para a transformação do tecido produtivo nacional, apoiando a criação de bens e serviços inovadores e de maior valor acrescentado, para a qualificação das empresas, fomentando o investimento em fatores imateriais de competitividade, e para a internacionalização da economia, promovendo as exportações”.

 

 

[1] Compete 2030, in revista Portugal Global, maio 2023, AICEP

[2] Portaria nº 103-A/2023, de 12 de abril

 

 

Foto de Jason Goodman na Unsplash

Empresas gananciosas

O diabo das empresas só pensam no lucro

Os lucros das empresas tem sido assunto de debate nas últimas semanas. Quando a inflação dispara (já vai em 9,1%) e a economia contrai 0,2% no segundo semestre (se os bens sobem de preço e as pessoas ganham o mesmo ou menos, é normal uma retração no consumo) parece ao consumidor comum um escândalo que as empresas gerem lucros fora do normal.

Esta opinião é natural no tal consumidor comum, pouco versado nas temáticas da economia, da política e das empresas. Já em pessoas mais instruídas nestes assuntos ou com responsabilidades políticas é inaceitável.

O Estado português, a reboque da inflação e da subida generalizada dos preços, já conseguiu arrecadar mais quase 2 mil milhões de euros em seis meses. Não se vê ninguém insurgir contra este lucro excessivo e inesperado do Estado, nem pedir para que o mesmo seja distribuído pelos contribuintes.

Há décadas que as empresas são diabolizadas e os empresários condenados enquanto seres gananciosos que só pensam em espezinhar os trabalhadores para ganharem mais uns tostões. São gente desprezível que só pensa em viaturas de alta cilindrada e marcas de luxo, em férias em resorts de verão ou de neve, enquanto os seus funcionários labutam dez horas diárias a troco de uma côdea de pão. E quando emergem empresas com lucros avultados, “Aqui d’EL Rei!” que só podem ter ganho dinheiro à custa de trabalho escravo ou da especulação.

O principal objetivo de uma empresa não é, contudo, gerar lucros. Analisem várias das grandes empresas mundiais, como a Spotify, a Uber ou a Farfetch para se perceber que durante anos acumularam prejuízos e, mesmo assim, continuaram a ser atrativas para os investidores. Porque o principal objetivo de uma empresa é gerar dividendos para os seus investidores, acionistas ou proprietários. Só que para obterem estes ganhos, há que ter um produto que o mercado deseje, produzido e entregue da forma mais eficiente possível, satisfazendo uma necessidade do consumidor. Resumindo, se a empresa não conseguir criar valor, não vai conseguir satisfazer os seus clientes, não gera retorno financeiro para continuar a investir, a inovar e a remunerar os investidores para que continuem a apostar na empresa.

Quando a empresa dá prejuízo, alguém tem pena dos acionistas e manifesta-se na rua para que sejam ressarcidos? Ou faz parte da atividade empresarial o risco do negócio? A expetativa é que a empresa dê dinheiro, mas muitas vezes perde-se avultadas quantias, frequentemente durante vários anos.

Muitos portugueses acreditam que as empresas são sempre malignas e que ganham dinheiro por meios escuros ou mesmo criminosos. Esta opinião advém da dependência do Estado criada ao longo dos dois últimos séculos. Milhões nunca tiveram uma experiência no setor privado, nem nunca pensaram em ser empreendedores. Depois, por desconhecimento, acham que a parte retida pela empresa (IRS, seguro e Segurança Social) fica na empresa e não que vai para o tal Estado que idolatram. Quando o Governo defende um aumento de 20% para os salários dos portugueses, procura esconder que o trabalhador vai receber menos ao subir de escalão e a descontar ainda mais para o Estado.

Atente-se, ainda, aos trabalhadores independentes. Por cada recibo que emitem, descontam de imediato 25% em IRS. Despesas de deslocação – vulgo quilómetros – são taxados como sendo remuneração. Por isso, além dos impostos sobre os produtos petrolíferos – equivalentes a mais de 50% em cada litro – o trabalhador a recibo verde ainda tem de pagar, à cabeça, 25% sobre os valores cobrados, contabilizados como ganho e não como custo.

As empresas têm inúmeros custos. São impostos, taxas e taxinhas que limitam a capacidade de resposta. Impedem que se pague melhor ao trabalhador. Aumentar 200 euros, por exemplo, implica um custo na ordem dos 400 euros para a empresa e um rendimento líquido para o trabalhador inferior a 50 euros. Na maioria dos aumentos, o Estado acaba por receber metade ou mais. Os descontos para a Segurança Social e para o IRS, na esmagadora maioria dos salários, são praticamente idênticos ao salário líquido. Ou seja, um português passa entre 35 a 45 horas por semana a trabalhar para entregar metade do seu esforço à máquina tributária do Estado. Assim, qual a motivação para sermos melhores, crescermos e ganharmos mais dinheiro com a nossa atividade?

Portugal não tem grandes empresas. As maiores são insignificantes mesmo a nível ibérico. Por isso são compradas facilmente por interesses estrangeiros. A falta de capital resulta num país mais pobre, em empresas fracas ou inábeis, em salários baixos e na perceção de que apenas o Estado nos pode salvar. Quando deixar de haver gente para pagar impostos, porque todos seremos financiados, de uma ou outra forma, pelo Orçamento de Estado, onde é que o Governo irá buscar a receita de que necessita?

 

Foto: Sharon McCutcheon on Unsplash

Portugal a caminho de ser o país mais pobre da União Europeia?

 

Portugal é o sétimo país mais pobre na União Europeia. Atrás apenas restam Bulgária, Grécia, Eslováquia, Croácia, Letónia e Roménia. E, se nada for feito em breve, até a Roménia irá ultrapassar Portugal em riqueza per capita em paridades de poder de compra. Depois de Portugal ter sido superado por Eslovénia, Malta, Chéquia, Estónia e Lituânia, mais recentemente foi a vez de Polónia e Hungria passarem à frente do nosso país.

Nos últimos 20 anos, a maioria dos países da União melhoraram os seus indicadores, as economias cresceram e os seus habitantes estão mais ricos do que no início do século. No entanto, Portugal, apesar dos milhões de euros diários provenientes dos fundos europeus, continua a divergir da maioria dos países da União.

Quais as razões para que Portugal continue praticamente estagnado, enquanto uma dúzia de países, os quais entraram na União Europeia apenas em 2004 e 2007, conseguiram aproveitar os fundos europeus para introduzir políticas liberais, criar condições adequadas ao crescimento económico e progredir nos principais indicadores de riqueza?

Desde 1986, quando Portugal registou um saldo positivo nas transferências públicas com a União Europeia de 124,5 milhões, e até 2021, quando o saldo ultrapassou os 4 mil milhões de euros, o país teve à sua disposição mais de 78 mil milhões de euros para melhorar a economia nacional. Esforço que não foi suficiente para melhorar a vida dos cidadãos, dos quais cerca de um milhão decidiu encontrar uma nova perspetiva de vida noutro país, nem para ajudar as empresas nacionais a crescer e a poder competir internacionalmente.

O investimento português, público e privado, não tem variado muito desde 1995. O Estado tem alocado entre 3 a 6 mil milhões de euros por ano, enquanto os privados injetaram na economia entre 20 e 42 mil milhões de euros por ano, nos últimos 26 anos.

Vários estudos apontam para a baixa escolaridade dos Portugueses e as baixas qualificações dos trabalhadores nacionais para justificar o melhor desempenho das economias de países que, há poucos anos, obedeciam a regras centralizadas próprias de Estados socialistas. Desde 2000, 70% da população ativa residente tinha frequentado apenas o ensino básico e pouco mais de 9% tinha concluído o ensino superior. Os números estão mais equilibrados 20 anos depois – 35% concluíram o ensino básico, 30,6% o ensino secundário e 33,8% o ensino superior – ainda que continuem distantes dos registados na maioria dos países à frente de Portugal, sendo mesmo o menos educado da União Europeia. Em Portugal, a percentagem de cidadãos com, pelo menos, o ensino secundário é de apenas 55,4%, contra uma média acima de 90% nos países do Leste Europeu.

Trabalhadores mais qualificados ganham mais, têm mais opções profissionais e conseguem sair de situações de crise mais rapidamente do que pessoas com menos formação.

Em 20 anos, Portugal melhorou a situação geral, mas não conseguiu aproximar-se da média europeia em termos de escolaridade e qualificações da sua população ativa. Todos os países que ultrapassaram Portugal tiveram de enfrentar os mesmos problemas do que o nosso país, da crise do subprime, à Covid-19. E todos saíram melhor e mais rapidamente do que Portugal, cuja economia continua a crescer de forma muito anémica, inclusive abaixo da média europeia.

Os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência estão a ser injetados em Portugal. Infelizmente, mais na máquina do Estado do que na economia real e reprodutiva. Ao menos que seja investido no sistema de ensino, na melhoria real das competências e das qualificações dos portugueses, para daqui a 20 anos não estarmos entre os mais pobres dos 34 países que constituirão a União Europeia.

Internacionalizar é uma maratona e não uma corrida de 100 metros

 

As empresas procuram vender mais, em mais mercados e a mais clientes. Graças à Internet – a maior revolução do final do século passado – uma micro ou pequena empresa tem as mesmas possibilidades do que uma grande empresa. Basta ser criativo, definir bem a sua estratégia, identificar os potenciais clientes e construir uma mensagem adequada para atingir os objetivos.

Ter um website já não é um investimento proibitivo. Registar um domínio e contratar uma empresa onde alojar o website custa menos de 25 cêntimos por dia. E a construção do website pode oscilar entre o gratuito ou pouco mais do que 2,5 € por dia.

O mais importante, contudo, não é a parte técnica ou tecnológica. Aquilo que continua a fazer a diferença, a impactar com as pessoas, a conquistar clientes e a originar vendas são os conteúdos, cuidadosamente preparados.

As empresas ao procurarem vender nos mercados internacionais devem ter em conta algumas variáveis essenciais:

  • O produto ou serviço a vender é adequado ao mercado potencial? Qualquer produto ou serviço deve ter como objetivo resolver um problema do cliente ou consumidor. Identificar qual é esse problema deve ser uma das primeiras tarefas da construção da estratégia de marketing digital.

 

  • O website e a comunicação estão na língua do cliente? Pensar que todo o mundo fala ou percebe inglês, espanhol ou até mesmo português é um erro que deve ser evitado. Se o produto ou serviço é destinado ao mercado alemão, o website e a comunicação dever ser elaborada nessa língua. Resulta mais conveniente ao consumidor, logo gera maior empatia e facilita a venda.

 

  • A empresa tem presença ativa das redes sociais certas? Estar no Facebook, uma das maiores redes sociais do mundo, não é suficiente, se os clientes de um determinado mercado utilizarem, maioritariamente, outra rede, como o Telegram ou o TikTok. Estudar bem o mercado-alvo é o primeiro passo para definir a estratégia mais adequada para comunicar com o potencial cliente.

 

  • Fazer publicações esporádicas, sem estratégia e de forma aleatória produz resultados? Por milagre, pode acontecer. A Internet privilegia a regularidade, a persistência e a coerência. É possível alcançar resultados em pouco tempo, mas habitualmente estes só acontecem ao fim de um ano de trabalho. O Marketing Digital não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona.

Antes de iniciar o processo de internacionalização, contrate um consultor especializado em marketing e internacionalização, aclare bem a sua estratégia, defina os seus objetivos e analise as suas mais-valias face à concorrência que vai defrontar. Prepare-se para investir numa experiência longa, trabalhosa, mas muito proveitosa.

 

Foto: Braden Collum on Unsplash

Lecionar Marketing Digital em Mobilidade Erasmus (Reims, França)

A Universidade de Reims, em França, acolheu-me em dezembro de 2021 para lecionar Marketing, Comunicação e Marketing Digital, a três turmas do programa de Masters de Marketing e Vendas da Faculdade de Ciências Económicas, Sociais e de Gestão. Esta escola dos arredores de Paris, em plena terra do famoso Champagne, ministra estes cursos orientados para o Gosto e Luxo e para a Comunicação, com alunos oriundos de toda a França e, inclusivamente, alguns estrangeiros de países francófonos.

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A maioria destes alunos emergiu interessada, motivada e a saber o que ambiciona para o seu futuro. As três aulas decorreram num ambiente cordial, com muitas perguntas e vontade em aprender.

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Esta mobilidade, na qualidade de professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico do Porto, foi-me permitida pelo programa europeu Erasmus. O objetivo deste programa é permitir a mobilidade de professores, trabalhadores e alunos do Ensino Superior a outros estabelecimentos de ensino na Europa.

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Um agradecimento muito especial à Delphine Fery, Vice-Reitor para as Relações Internacionais, e ao professor de Marketing Remi Evrart, as duas pessoas que me receberam em Reims e procuraram que me sentisse em casa. Estive, ainda, reunido com o responsável máximo da Faculdade, Jean-Francis Ory, numa conversa muito útil sobre o sistema de ensino francês.

Inovsea - Jornadas de Inovação #1 Inovar

INOVSEA discute a inovação na Economia do Mar

A primeira Jornada de Inovação e Transferência de Conhecimento de Economia do Mar, #1 Inovar, realiza-se a 9 de outubro, na Figueira da Foz.

O Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e Assunção Cristas, como keynote speaker, irão encerrar esse evento, depois das intervenções de duas dezenas de representantes de empresas e entidades da Economia do Mar.

Este evento faz parte do projeto INOVSEA, o qual tem como objetivo potenciar a inovação nas PME que integram a Economia do Mar das regiões costeiras do Alto Minho e Baixo Mondego, tendo como base a cooperação e o incremento de competências em fatores críticos de competitividade, como sejam a Economia Circular, a Transformação Digital, a Literacia Financeira e Internacionalização, que permitam potenciar a valorização destas atividades e a progressão nas cadeias e valor. O conhecimento e a inovação são as grandes apostas do INOVSEA para que se potencie a exploração dos recursos regionais e se estimule a capacitação das PME das respetivas regiões, consolidando a sua oferta à escala global e fomentando postos de trabalho e o desenvolvimento da economia do mar.

A Economia do Mar representa 53 mil entidades, em Portugal, sendo já, segundo os dados do INE, 5,4% do VAB da Economia Nacional, 5,1% do Produto Interno Bruto de Portugal e 4% do emprego nacional.

Estas Jornadas de Inovação são abertas à comunidade e vão decorrer em modo INOVSEA_1_Inovar_programa-1-1-212x300 INOVSEA discute a inovação na Economia do Marhíbrido, para alcançar o maior número possível de interessados, com parte dos inscritos a assistirem aos trabalhos de forma remota através de uma plataforma própria. Apesar desta funcionalidade, aconselha-se, sempre que possível, a participação presencial devido ao efeito potenciador do networking. O programa atualizado encontra-se disponível AQUI.

O INOVSEA é um projeto promovido pela Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz e pela Associação Comercial de Viana do Castelo, representando um investimento de 419.274,64€, com um apoio financeiro de 356.383,44€ sendo cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional – FEDER.

Inovsea - Jornadas de Inovação #1 Inovar

#1 Inovar – Jornadas de Inovação e Transferência de Conhecimento na Economia do Mar

Duas associações empresariais de regiões costeiras, Figueira da Foz e Viana do Castelo, juntaram esforços e desenvolveram um projeto conjunto dedicado à Economia do Mar – o INOVSEA.

Este projeto tem como principal objetivo potenciar e amplificar as redes de inovação e competitividade nas empresas que gravitam em torno da economia do mar, de forma sustentável e dinâmica. A apresentação do INOVSEA decorreu no passado mês de julho, primeiro em Viana do Castelo e, depois, na Figueira da Foz, perante plateias de empresários e agentes do setor. A receção foi calorosa e antecipa bons resultados para este projeto.

cartaz-a3-v1_Easy-Resize.com_-215x300 #1 Inovar - Jornadas de Inovação e Transferência de Conhecimento na Economia do MarA segunda fase do INOVSEA começa a 9 de outubro, com a realização da primeira de quatro Jornadas de Inovação e Transferência de Conhecimento. Com Figueira da Foz como palco, a Incubadora Mar & Indústria recebe, a partir das 09h00, quatro painéis com duas dezenas de entidades e empresas para discutirem a Inovação no contexto de quatro grandes fileiras da Economia do Mar:

  • Novos Usos e Recursos do Mar;
  • Recreio, Desporto e Turismo;
  • Construção, Manutenção, Reparação Naval e Portos, Transporte e Logística;
  • Pesca, Aquicultura, Transformação e Comercialização dos seus Produtos.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias, aplicando-se ainda as regras de limitação do espaço em virtude da pandemia de COVID-19.

Criar valor através da partilha e transferência de conhecimento

Aumentar a competitividade do tecido empresarial português é o principal objetivo do projeto Desafio 2030 – Transferência de Conhecimento e Tecnologia, promovido pela Fundação AEP.

O Desafio 2030, cuja apresentação decorreu no Porto no passado dia 4 de dezembro (https://www.facebook.com/110936700768691/videos/3419274371515403), é apoiado pelo Programa Operacional Temático Competitividade e Internacionalização e visa estimular o diálogo e a colaboração entre Instituições do Ensino Superior e as PME, no sentido de produzir externalidades positivas ao nível do conhecimento, da inovação e da capacidade de adaptação aos desafios colocados pela Indústria 4.0.

São objetivos centrais deste projeto contrariar a persistência dos baixos níveis de produtividade nas PME, através da transferência de conhecimento e o aumento da capacidade de inovação. Será possível, deste modo, aumentar a qualificação e as competências dos recursos humanos das empresas nacionais. Estes objetivos serão alcançados pela promoção da partilha de conhecimento científico e tecnológico entre as Instituições do Ensino Superior e as empresas, assim como pela difusão de boas práticas e de casos de sucesso na partilha de conhecimento científico e tecnológico na sociedade portuguesa.

O Desafio 2030 vai ser desenvolvido ao longo dos próximos dois anos, terminando a 31 de agosto de 2022, abrangendo as regiões Norte, Centro e Alentejo.

A Fundação AEP conta, ainda, com o apoio de um parceiro estratégico, o Banco Empresas Montepio, o qual permitirá alargar o âmbito da iniciativa, promover sinergias e a complementaridade com as áreas e eixos tradicionais da Fundação AEP.

Conferência Ibero-Americana de Place Branding

Como se relacionam os stakeholders internos com o place branding de Porto e S. João da Madeira?

“How internal stakeholders relate with the place brand: the case of Porto and São João da Madeira” é o título do trabalho a apresentar na 1ª Conferência Ibero-Americana de Place Branding, que se realiza entre 1 e 2 de outubro de 2020, em Lisboa.

Este artigo insere-se no âmbito do doutoramento em curso em Análise Económica e Estratégia Empresarial, a decorrer na Universidade de Vigo.

How internal stakeholders relate with the place brand: the case of Porto and São João da Madeira: Abstract

As far as the competitiveness of the cities declines, inhabitants move away, consumers spend less money and businesses start closing or falling. Literature refers the use branding strategies to invert this trend.

Regardless their dimension, cities have been embracing branding strategies to promote themselves, retain citizens, attract new residents and investors, competing for more tourists, achieving new investments and job creators. Place branding is one of the main interests to both academics and policy makers, as cities are competing for global attraction of tourists, investors, and talent, simultaneously with the pursuit of urban development, regeneration, and quality of life. In this context, most relevant literature recognizes the importance of stakeholders’ engagement, but studies reveal that they are not sources of influence regarding the decision-making processes, mainly due to «top down» administrative procedures instead of «bottom up». Additionally, city authorities often overlook the needs, interests, and values of one of the most important stakeholders – the residents – despite their role as loyal supporters and ambassadors of the city brand. According to the literature when the stakeholders are involved in branding it results in a clearer brand concept and contributes to attract new inhabitants, visitors, and companies. There is a link between branding and multiple stakeholders by means of the internal stakeholders for they are of of key importance in the co-creation of the place brand co-creation and its long-term success. Research in place branding also suggests that collaboration, participation, and the role of stakeholders in the branding process is an increasing subject of investigation.

How the internal stakeholders of two cities with different dimensions relate to the place brand

The purpose of this research is to analyse how the internal stakeholders of two cities with different dimensions, located in Portugal – Porto and São João da Madeira – relate to the place brand. These cities were selected for being recognized by attracting population, business, and tourism.

To pursue this task, an extended literature review of place branding management frameworks was conducted. A qualitative case study approach was pursued, by means of 24 interviews with representants of internal stakeholders conducted in both cities addressed to their most relevant internal stakeholders.

The results demonstrate how an adopted place branding strategy influences the quality of life in the city, the level of engagement of its internal stakeholders and it affects their relationship with the local institutions. When cities all over the world face an enormous pressure – by the year 2050, 68% of the world’s population will live in urban areas – place brand managers are due to find how the place brands can benefit from a close collaboration with residents, workers and employers to build more sustainable cities for the future. Therefore, the results of this research are very encouraging to develop further research and to give cues to the policy makers to adapt the necessary policy measures to fulfil the cities interests.

This paper contributes to knowledge by enhancing the significance of internal stakeholders’ role in the place branding management process.