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Portal das Matrículas

Portal das Matrículas: exemplo de uma prática a não seguir

A pandemia veio “obrigar” muitos portugueses a descobrir o mundo digital. Passaram a comprar mais online, a procurar informações através de várias ferramentas, a vasculhar no Facebook os contactos das lojas mais próximas… Atualmente, a noção que as pessoas têm das compras online é, apesar de tudo, muito mais positiva do que antes da crise do Covid-19.

E apesar de tudo, porquê?

É que as empresas, mesmo as maiores e que, à partida, pareciam estar mais bem apetrechadas com recursos para responder com agilidade e eficácia, falharam. Estavam distraídas, mal preparadas e não conseguiram responder em tempo útil à verdadeira avalancha de pedidos e encomendas. Foi amplamente divulgado que as grandes marcas da distribuição alimentar tinham prazos de entrega superiores a duas semanas. As lojas de material desportivo precisavam de mais de uma semana só para preparar a encomenda. As empresas de distribuição, as denominadas last mile, aquelas responsáveis pela entrega dos produtos ao consumidor final, também tiveram imensos problemas e as falhas foram constantes.

Três meses depois, as coisas começaram a acalmar. Os sites agilizaram os procedimentos, as encomendas prepararam-se mais rapidamente e as entregas são efetuadas em prazos muito mais razoáveis e, na maioria das situações, até são gratuitas.

Nos serviços públicos, finalmente, descobriu-se a maravilha do digital e em vez de alternativa, passou-se a obrigar o cidadão a fazer tudo online. Consequência? Os serviços públicos não estão minimamente preparados para responder às necessidades.

Durante a pandemia, as empresas com portais educativos disponibilizaram os seus serviços de forma gratuita, num gesto louvável. Nos primeiros dias o caos reinou e a lentidão imperou. No entanto, ao final da primeira semana já estava tudo a correr de forma fluída. E no Estado?

Comecei a escrever este artigo depois de entrar no Portal das Matrículas e de clicar no botão que dizia “Seguinte”. No final de cada frase regresso ao separador para confirmar que o sistema continua a pensar. Milhares de portugueses vão ficar com má impressão do digital. Muitos irão entupir os serviços das escolas, correndo o risco de contaminar ou de serem contaminados com o vírus.

Ao fim de quatro meses, a máquina do Estado continua sem conseguir responder às necessidades digitais dos seus clientes. Os telefones não são atendidos. Os e-mails não obtêm resposta. Os sites são lentos e pouco intuitivos.

Que seja uma lição para as empresas e um manual de práticas a não seguir. As empresas só conseguem criar valor através da resolução dos problemas dos seus clientes.

 

P.S. – Terminei o texto e o Portal das Matrículas continua a “pensar”…

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E-commerce

Manter o negócio próximo do cliente em tempos de Covid-19

O surto de COVID-19 que tem paralisado o mundo inteiro trouxe à ribalta uma nova exigência para as empresas: a importância do comércio à distância e a presença digital das empresas.

Confinados às suas casas, os portugueses – e os cidadãos um pouco por todo o mundo – apresentam um problema: precisam de efetuar as suas compras habituais, especialmente de produtos alimentares, sem saírem de casa. As empresas de distribuição alimentar mais conhecidas e implantadas no mercado demonstraram não estar preparadas devidamente para esta nova realidade, com filas de espera de 30 minutos, quedas frequentes na ligação e prazos de entrega superiores a três semanas!

Muitos portugueses descobriram, então, que várias lojas próximas de casa aceitam encomendas por telefone ou e-mail e entregam em casa, podendo-se pagar com ferramentas eletrónicas ou por multibanco através de home banking.

O engenho empresarial fica bem demonstrado nestes exemplos, os quais emergem como excelentes oportunidades de crescimento de negócio.

A digitalização dos negócios continua a crescer de forma imparável. Praticamente todos os tipos de negócios conseguem introduzir a digitalização nos seus processos, seja na produção, na gestão, na comercialização ou na distribuição. E a presença digital das empresas, especialmente em momentos como aquele que vivemos no presente momento, é essencial para que os consumidores as possam encontrar. É certo que passávamos diariamente por aquele minimercado. Que até lá entrámos meia-dúzia de vezes. Mas, saberíamos o seu número de telefone se a empresa não tivesse investido na presença no Google Maps, no Google My Business ou através de um website?

Costuma dizer-se que o diabo está nos detalhes. O segredo de um negócio bem-sucedido também. Não basta estar nas principais redes sociais e ter um site todo catita. Se uma busca no telemóvel no mais utilizado motor de busca em todo o mundo não conseguir encontrar um negócio local, a probabilidade de vender reduz-se drasticamente.

Aproveite as próximas semanas para planear o futuro do seu negócio. Compare-se com a concorrência, veja onde está a falhar, onde pode melhorar e onde consegue fazer a diferença. Pense digital. Coloque-se no lugar do cliente, retido em casa, de telemóvel na mão. Como poderá chegar até ele de forma mais fácil e interativa? Quais os conteúdos que o seu cliente poderá valorizar? Quais as palavras-chave mais procuradas? Como poderá responder ao seu problema e satisfazer a necessidade do seu cliente?

O isolamento social exigido pelo temor de contágio do novo coronavírus levanta novos desafios. Estar próximo dos clientes quando não nos podemos aproximar fisicamente pode representar a diferença entre a empresa sobreviver ou soçobrar.

 

Photo by Brooke Lark on Unsplash

Observador.pt

Crescimento anémico do país preocupa pouco os Portugueses

Porque é que Portugal não cresce e não converge com a UE?

Do sucesso dos anos 1980 passamos para o insucesso deste século, sobretudo quando nos comparamos com países da Europa de Leste, que estavam muito atrás de nós. O que aconteceu? Ensaio de Abel Mateus no diário online Observador, que vale bem a pena ler e reler.

Marketing Digital para a internacionalização dos negócios

A ESTG, através da Industry Business School, abre candidaturas à Pós-Graduação em Marketing Digital para a Internacionalização, até ao próximo dia 13 de novembro de 2019.
Aproveite mais esta oportunidade e agarre já uma das vagas disponíveis. Dominar as ferramentas de Marketing Digital é meio caminho andado para o sucesso internacional.
RH Altamento Qualificados

Contrate recursos humanos qualificados com 50% de apoio

A sua empresa vai lançar um novo produto, implementar um novo processo ou novo método organizacional ou uma nova estratégia comercial? Então, saiba que as despesas com ao contratação de Licenciados, Mestres ou Doutorados pode beneficiar de apoios até 50% através do Norte 2020, durante 3 anos.

Até 17 de dezembro aproveite e submeta a sua candidatura e melhore a produtividade e a competitividade do seu negócio.

NORTE 2020 apoia micro e pequenas empresas na contratação de recursos humanos.

 

 

Sucesso. Criar Valor.

Só há uma forma de nunca falhar: não tentar.

O caminho para o sucesso é um cemitério de ideias espetaculares e a marca da persistência do empreendedor.

J. K. Rowling bateu à porta de 12 editoras antes de conseguir publicar o seu primeiro livro. Foi apenas a sua perseverança que a fez continuar a acreditar que tinha nas mãos uma boa história que merecia ser contada. A história que se seguiu é sobejamente conhecida. A atualmente multimilionária escreveu mais livros da saga, cujos enredos foram adaptados ao cinema e Harry Potter transformou-se numa máquina de fazer dinheiro.

A finlandesa Rovio descobriu o caminho para o sucesso com o popular jogo eletrónico Angry Birds. O catálogo inclui mais de 30 mil produtos, diversas variações do jogo, adaptações para o cinema, valendo muitos milhões de euros. O que pouca gente sabe é que este “sucesso repentino” só foi possível por, anteriormente, terem sido lançados 51 jogos dos quais ninguém se lembra.

Na cultura anglo-saxónica, o fracasso é parte integrante do percurso de qualquer empreendedor. São inúmeros os casos de sucesso após inúmeros insucessos.

O empresário Richard Branson já lançou mais de 400 negócios, muitos dos quais foram estrondosos fracassos, como a Virgin Cola, a Virgin Brides, a Virgin Cars ou a Virgin Cosmetics.

Henry Ford trabalhou com Edison na criação da Detroit Automobile Company que durou cerca de um ano. Ford lançou, então, a Henry Ford Company, a qual ambicionava criar automóveis de corrida. A saída de Ford, juntamente com o seu nome, alterou o nome da empresa para Cadillac Motor Company. Por isso, só à terceira tentativa Ford logrou alcançar o sucesso.

Walt Disney, criador de um dos maiores impérios multimédia do mundo foi despedido de um jornal acusado de ter falta de ideias e de imaginação.

Um professor de Fred Smith considerou a sua ideia da FedEx de “interessante, mas inviável”.

Steve Jobs foi “despedido” da sua própria empresa, a Apple, atirando-o para um dos momentos mais criativos da sua carreira.

O jovem Steven Spielberg foi rejeitado por uma escola de cinema três vezes, antes de ser aceite por outra escola, da qual desistiu para se tornar um dos maiores realizadores de todos os tempos.

Existe um número de vezes ideal de fracassos para se alcançar o sucesso? Sim. Deve-se tentar até se conseguir.

O sucesso atinge-se quando:

  1. Aprendemos a falhar rapidamente. Agir e tentar coisas diferentes. Só não erra quem nada faz;
  2. Aprender pelo erro. A curiosidade é fundamental para o processo. Compreender o que falhou, porque falhou e o que se pode fazer de diferente para evitar o erro;
  3. Tentar novamente.

Seguindo estes princípios básicos, é possível criar valor e enfrentar a difícil concorrência dos tempos modernos.

 

Trabalho em equipa

Pagar pouco e esperar muito não é inteligente

 

As empresas que investem – ou que, para algumas, gastam – em Marketing Digital enfrentam, por vezes, a dura realidade: o conteúdo produzido não consegue atrair os “likes” nem converter-se nas vendas desejados.

Infelizmente, a explicação não reside no marketing. A estratégia, muito provavelmente, estará correta, ajustada ao mercado, aos consumidores e ao produto a vender. O problema, na maioria das vezes, reside na qualidade do próprio conteúdo.

Vivemos num mundo acelerado e em constante dinâmica. Atualmente, é muito fácil publicar conteúdos – textos, músicas, vídeos, etc. – os quais têm de competir com milhares (ou milhões) de concorrentes. A diferenciação emerge, então, da qualidade da oferta de conteúdo. Como conseguir, assim, esta qualidade que distinga o nosso conteúdo do da concorrência? Investindo.

 

Existe o hábito de pagar pouco por marketing digital

 

Acontece, porém, que a quebra nos preços prestados por estes serviços digitais, em resultado de um excesso de oferta, provocou – igualmente – uma quebra na qualidade média dos conteúdos produzidos. Quando existem pessoas no mercado que asseguram a publicação de posts no Facebook a troco de escassos euros por mês, como é que se convence uma empresa a pagar mais?

Para se criar valor com bons conteúdos digitais é necessário contar com uma equipa multidisciplinar. Profissionais competentes, especializados em várias áreas de conhecimento, capazes de, em conjunto, elaborar estratégias mais consistentes e eficazes. É necessário que quem presta este serviço utilize as ferramentas digitais mais adequadas, através de contas legais pagas. E elabore trabalhos gráficos e em vídeo profissionais, os quais irão competir pela atenção dos internautas.

No momento de escolher quem lhe vai prestar este serviço recorra apenas a equipas de profissionais qualificados. Acredite que os seus clientes vão notar a diferença.

 

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Europeus conhecem direitos digitais

RPGD: 73 % dos europeus já ouviram falar de, pelo menos, um dos seus direitos digitais

O texto original pode ser encontrado em http://europa.eu/rapid/press-release_IP-19-2956_en.htm.

 

Os cidadãos europeus conhecem melhor os seus direitos digitais. Um inquérito a 27 mil europeus demonstra que 73% dos inquiridos conhecem, pelo menos, um dos seis direitos garantidos pelo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RPGD). O direito digital com maior nível de conhecimento é o de acesso aos seus próprios dados (65%), seguido pelo direito de corrigir os dados caso estes estejam errados (61%), o direito de oposição a receber campanhas de marketing direto (59%) e o direito a eliminar os seus próprios dados (57%). A maioria dos inquiridos conhecem a existência do RPGD (67%), bem como têm conhecimento das autoridades nacionais de proteção de dados (57%).

Os cidadãos europeus estão mais cientes dos seus direitos digitais, o que é uma boa notícia. No entanto, apenas três em cada dez europeus já ouviram falar de todos os seus novos direitos em matéria de dados”, afirma o Vice-Presidente responsável pela pasta do Mercado Único Digital. Para Andrus Ansip, “estar ciente dos seus direitos é uma condição prévia para os poder exercer”, considerando que empresas e indivíduos “só têm a ganhar com uma aplicação mais clara e mais simples das regras em matéria de proteção de dados”.

As empresas são, igualmente, responsáveis por este processo, como refere a Comissária responsável pela pasta da Justiça, Consumidores e Igualdade de Género. “Dos 60 % de europeus que leem as suas declarações de privacidade, só 13 % as leem integralmente, o que se deve ao facto de essas declarações serem demasiado longas ou demasiado difíceis de compreender“, explica Věra Jourová. As empresas com presença online devem efetuar um esforço em fornecer declarações de privacidade concisas, transparentes e facilmente compreensíveis por todos os utilizadores.

RPGD: contexto

O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados é um conjunto único de regras com uma abordagem comum da UE em matéria de proteção de dados pessoais, diretamente aplicável nos Estados-Membros. Reforça a confiança restituindo às pessoas o controlo dos seus dados pessoais e, ao mesmo tempo, garante o livre fluxo de dados pessoais entre os Estados-Membros da UE. A proteção dos dados pessoais é um direito fundamental na União Europeia.

O RGPD é aplicável desde 25 de maio de 2018. Desde então, quase todos os Estados-Membros adaptaram as respetivas legislações nacionais de modo a refletir o RGPD. As autoridades nacionais de proteção de dados, às quais incumbe assegurar o cumprimento das novas regras, estão a coordenar melhor as suas ações graças aos novos mecanismos de cooperação e ao Comité Europeu de Proteção de Dados. Estas autoridades estão a emitir orientações sobre os principais aspetos do RGPD, a fim de apoiar a aplicação das novas regras.

 

Foto: Paulius Dragunas @Unsplash

Não herdamos o mundo dos nossos antepassados, é antes emprestado pelos nossos filhos.*

Imagine uma empresa onde os administradores pagam a tempo e horas aos seus trabalhadores. Que os salários, apesar de não serem muito elevados, estão acima da média praticada no país. Imagine, ainda, que esta empresa, ao longo dos tempos, foi acolhendo diversas reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente, aumentos do subsídio de alimentação, subsídios de assiduidade, horário de trabalho reduzido, seguro de saúde premium para o trabalhador e descendentes. Imagine, igualmente, que numa dessas reivindicações, a administração assegurou que nenhum dos trabalhadores seria, alguma vez, alvo de despedimento, exceto em caso de falta muito grave e congelou novas contratações. Imagine que esta empresa, para fazer face aos custos de estrutura – salários, regalias e benefícios – começou a impedir algumas compras a fornecedores e a protelar ao máximo os pagamentos de matérias-primas. Também cortou no atendimento aos clientes, por indisponibilidade de trabalhadores, já que um quinto está constantemente de baixa médica ou ausente do trabalho por qualquer razão perfeitamente justificada. Imagine que esta empresa começou a registar muitas queixas por parte dos clientes, insatisfeitos com a qualidade do serviço, das más condições das instalações e das filas intermináveis para atendimento.

 

Um mundo ideal onde todos ganham, mas quase ninguém trabalha

Imagine, agora, que o cenário desta empresa se repetia em todas as empresas portuguesas. Ainda que os salários dos trabalhadores fossem assegurados mensalmente, a qualidade dos serviços prestados diminuía significativa e constantemente, até que algumas empresas produziam apenas uma ínfima parte do seu potencial inicial. Imagine que na sua ida ao supermercado só conseguia adquirir dois terços da sua lista de compras, por falta de stock, e que para pagar teria de passar duas ou mais horas na fila das caixas. Imagine que, ao levar a sua viatura ao mecânico, a falta de peças impedia a sua reparação durante meses. Imagine…

Este cenário imaginário, se ocorresse em Portugal, seria motivo para discussão séria do que se poderia fazer para melhorar. Qual o sentido de uma empresa existir apenas para pagar salários, quando a razão da sua existência é um determinado negócio, o qual é garantido pelos clientes ou consumidores? Aliás, até quando uma situação destas poderia durar na realidade no seio de uma empresa? Ou os acionistas assumiam um papel filantrópico até ao seu último tostão amealhado, ou pediriam ao Estado que financiasse a sua atividade.

Não existem almoços grátis. Tudo na vida tem um custo ou um preço a pagar. Pena que alguns recolham agora os lucros de atitudes imediatistas e deixem a conta para as gerações futuras pagarem.

(*) Provérbio Chinês.

 

 

Photo by Holger Link on Unsplash