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Planear é essencial para o sucesso das empresas

 

O planeamento é uma das tarefas fundamentais em gestão. Definir objetivos, saber quem é o responsável, como e quando fazer, são determinantes para criar valor em qualquer negócio.

O jornal “Público” dizia, na sua edição de 3 de janeiro de 2019, que o Governo anunciava um novo e ambicioso programa de obras públicas até 2030, ao mesmo tempo que o anterior apresentava ainda uma taxa de execução de 20%. As desculpas para tão baixo nível de execução prendem-se com a ausência de financiamento, entre outras, pelo que algumas das obras previstas anteriormente passaram a integrar o novo plano de obras públicas.

IMG_1853-300x121 Planear é essencial para o sucesso das empresasPaíses como a Suécia ou a Holanda levam o planeamento bem a sério. A construção de qualquer edifício, por exemplo, envolve uma fase de planeamento que ocupa cerca de 80% do tempo, enquanto a construção implica apenas os restantes 20%. Pelo contrário, é nos países com uma cultura oposta que ocorrem, normalmente, as derrapagens financeiras e temporais. Parece-lhe familiar?

Assim, planear passa, em primeiro lugar, pela definição dos objetivos. No entanto, primeiramente é fundamental conhecer bem a organização e todos os seus recursos: financeiros, humanos, tecnológicos e materiais. Só com base neste conhecimento é possível avançar com os objetivos, os quais devem ser construídos com base no acrónimo inglês SMART. Passamos a explicar.

 

S – Specific – Específicos

Tudo o que parecer vago é para ser eliminado. O objetivo deve ser completamente claro, transparente e entendível. Simplifique sempre os objetivos em vez de avançar com ideias complexas e inexatas.

 

M – Measurable – Mensurável

Se o objetivo não tiver forma de ser medido não poderá ser controlado. O que equivale a afirmar que a sua validade será próxima da nulidade, porque a avaliação é impossível de efetuar. Identificar e aplicar uma métrica contribui para aclarar a mensagem.

 

A – Attainable – Atendíveis

Para se correr mil quilómetros é preciso dar o primeiro passo, mas será concretizável um idoso que sempre teve uma vida sedentária ter como objetivo para 2019 fazer a mega-maratona de 1000 quilómetros? As organizações e os profissionais devem elaborar objetivos cuja concretização seja possível.

 

R – Realistic – Realistas

Um objetivo não pode alienar a realidade da organização. Mesmo um objetivo atendível pode fracassar caso a empresa não detenha os recursos necessários para a sua concretização. Na definição do objetivo, é imprescindível ter em atenção a dependência de variáveis ou fatores não controláveis que possam por em causa a sua execução.

 

T – Time-bound – Calendarizados

Objetivos sem datas de início e fim são um convite à inação. O tempo em que se espera alcançar o objetivo permite um melhor acompanhamento do processo, o controlo das ações e a introdução de medidas corretivas caso seja necessário.

 

Se uma empresa for gerida com a leveza, para não utilizar outra palavra mais dura, que os sucessivos governos dedicam à gestão dos seus recursos, dificilmente alguma vez poderá crescer economicamente e alcançar o sucesso. A criação de valor é determinada pelo alcançar de objetivos previamente definidos.

 

 

É o Capital Humano quem cria valor nas empresas

 

O Capital Humano é, em muitas situações, o que distingue uma empresa de outra. O conhecimento, a capacidade de trabalho, o potencial de evolução, as competências dos recursos humanos constituem uma das principais mais-valias à disposição das organizações. É o Capital Humano quem pode criar valor para as empresas.

Portugal apresenta, ainda e lamentavelmente, uma população com muito pouca escolaridade. Os dados da Pordata referentes a 2017 revelam que 60,8% dos portugueses possuem apenas o terceiro ciclo completo ou menos. 21,1% dos portugueses concluíram o Ensino Secundário e 18,1% o Ensino Superior. Estes dois últimos indicadores registam uma evolução muito positiva nos últimos 30 anos. O número de portugueses com o Ensino Secundário duplicou desde 1998 e com Ensino Superior triplicou! Contudo, o facto da esmagadora maioria dos cidadãos ter parado muito cedo no seu percurso escolar é deveras preocupante.

 

Poucas qualificações = conhecimento limitado

 

Sabe-se que é o conhecimento que conduz à inovação, ao crescimento económico e à evolução das sociedades. É do conhecimento que se consegue criar valor nas organizações.

Esta ausência do saber tem limitado o crescimento económico do nosso país ao longo de séculos. Uma sociedade pouco culta, mal informada, é igualmente pouco interventiva, demonstra níveis de curiosidade muito baixos e é incapaz de avaliar e questionar os poderes instituídos, contribuindo mais para a manutenção do status quo do que para a disrupção.

A evolução positiva registada nas últimas décadas provocou uma situação caricata nas empresas: os trabalhadores possuem, em regra, mais formação dos que os próprios empresários. Uma situação que poderia resultar em vantagem competitiva para as organizações, mas que, infelizmente, contribui mais para a desmotivação dos colaboradores e para níveis de competitividade muito reduzidos.

Contratar mestres e doutorados a metade do preço

 

A este propósito, e para além das inúmeras possibilidades de formação profissional existentes no mercado e à disposição de profissionais e empresas, o programa Norte 2020 “lançou uma nova oportunidade de financiamento para incentivar a contratação de recursos altamente qualificados por parte de micro, pequenas e médias empresas”. Os interessados poderão candidatar-se, durante 2019, “a um apoio que financia em 50 por cento os custos salariais pelo período máximo de 36 meses. No total, prevê-se a aplicação de 10 milhões de Euros do Fundo Social Europeu para a contratação de licenciados, mestres, doutorados ou pós-doutorados.”

Trata-se de uma oportunidade excelente para as empresas contarem com recursos humanos altamente qualificados – mestres, doutorados e pós-doutorados – detentores de competências inovadoras e de capacidade de investigação, os quais podem contribuir para introduzir novos processos nas organizações.

 

Pense bem, antes de contratar

 

O Capital Humano, enquanto variável fundamental para o sucesso das empresas, deve ser encarada sempre com o máximo de seriedade e de responsabilidade. Contratar um trabalhador incompetente pode ser barato, mas os eventuais custos para a organização serão muito mais elevados do que a opção por um quadro qualificado.

Num cenário em que a maioria das empresas admite contratar novos profissionais durante 2019, pense bem antes na hora de escolher o seu próximo colaborador.

 

 

Marketing e Internacionalização entre as atividades a contratar em 2019

 

As profissões de Diretor de Marketing e Diretor de Exportação estão entre as 20 que irão ser mais procuradas em 2019, segundo os líderes de duas das empresas multinacionais presentes em Portugal, como divulga um artigo do jornal Expresso, na sua versão diária (acesso condicionado). Paula Baptista e Álvaro Fernandéz, respetivamente da Hays e da Michael Page, antecipam grande agitação no mercado de trabalho durante o próximo ano. Muitos portugueses poderão, inclusive, regressar do estrangeiro aumentando a concorrência face aos ativos que ficaram, bem como irão exercer maior pressão sobre os salários.

Várias funções relacionadas com o Marketing, a gestão de contas e a estratégia de exportação incluem-se nas que as empresas vão contratar durante 2019, sobretudo em áreas de negócio relacionadas com a transformação digital.

 

Empresas necessitam de Capital Humano

Esta tendência está em linha com as dificuldades que têm vindo a ser registadas em muitas micro e pequenas empresas. Contudo, a diferença para as organizações de maior dimensão prende-se com a falta de capacidade financeira daquelas para contratar profissionais qualificados.

As empresas necessitam, cada vez mais, de trabalhadores com qualificações específicas e dinâmicas para conseguir face aos novos desafios que surgem todos os dias. O programa Norte 2020 até abriu um concurso para a contratação de mestres, doutorados e pós-doutorados, com valor mínimo de salário de 1 500,00 € e máximo de 3 209,67 €, financiados a 50% durante 36 meses. No entanto, o modelo de negócio seguido pela maioria das micro e pequenas empresas, assente nos preços baixos, não permite a criação de valor necessária ao investimento e ao crescimento sustentado.

 

Invista em Capital Humano: o seu negócio agradece

Nestas situações, a solução encontrada pela maioria destas empresas tem passado pela contratação de serviços externos, sobretudo na área do marketing digital e da consultoria de gestão. Estas lacunas são, desta forma, suprimidas a um mais baixo custo ainda que com algum prejuízo da dinâmica empresarial própria de quem está na empresa todos os dias.

Se a sua empresa está a crescer e os mercados externos são uma preocupação ou irão começar a ser, esteja atento ao talento dentro e fora da sua organização. Investir em Capital Humano é dos melhores investimentos que poderá efetuar.

 

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Marketing = Marketing Digital?

 

Confunde-se, muitas vezes, a nuvem com Juno. Marketing é uma filosofia que integra a cultura da empresa, transversal a todos os setores e departamentos. Marketing implica pensar, constantemente, na melhor forma de resolver os problemas dos consumidores. A visão da empresa, segundo os princípios do Marketing, passa a centrar-se no consumidor em vez do produto ou serviço. Toda a política da organização tem como principal objetivo satisfazer as necessidades dos consumidores.

Por isso, o digital deve ser encarado como um meio e não com uma estratégia de marketing. As regras aplicadas ao marketing digital assentam no marketing tradicional, ainda que algumas possam ser adaptadas face às características próprias deste canal.

Sabe-se que a comunicação no universo digital parte da correta definição dos objetivos, dos públicos-alvo e da medição constante do impacto gerado. A grande distinção reside no estilo, na frequência e no tipo de comunicação empregues. Esta requer grande cuidado e atenção para que provoque uma reação emocional no consumidor.

É por estas e outras razões que as empresas precisam de assegurar a sua presença no digital para estarem mais perto dos seus consumidores, uma vez que a maioria destes utiliza diariamente a Internet, sobretudo através de dispositivos móveis. A proximidade implica a necessidade de respostas rápidas aos consumidores online, onde a interação é a principal motivação. Ter um site, uma página nas redes sociais e não prestar atenção às perguntas, às reações e às partilhas dos internautas é meio caminho andado para o esquecimento e a irrelevância.

Em consequência, atribuir estas tarefas primordiais a estagiários pouco preparados revela o grau de importância atribuído pelas empresas a este universo que, quer queiramos ou não, é uma realidade em crescendo. O mundo online aumenta todos os dias. O consumo de internet cresce a olhos vistos. As compras online já representam quase 50% do total das compras de produtos de consumo.

Desta forma, durante quanto tempo mais as empresas sem presença digital poderão dar-se ao luxo de continuarem a ignorar uma importante ferramenta de comunicação?

 

 

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As empresas e a presença digital

 

A maioria dos portugueses acede à Internet através de dispositivos móveis. Passam grande parte do seu dia colados a um qualquer tipo de ecrã: telemóvel, tablet, computador ou televisão. Quando surge alguma dúvida, já ninguém procura um livro ou telefona a um amigo – pergunta-se ao “Dr. Google”. A maioria dos conteúdos informativos consumidos provêm de uma ligação ou post partilhado no Facebook.

Por esta e muitas outras razões, sempre me questionei porque razão há ainda empresas sem página na Internet ou que continuam a utilizar contas de e-mail gratuitas como Gmail, Hotmail, Sapo, entre outras.

Ter um site custa menos do que um café por dia, já com algumas contas de e-mail e tudo. Construir o site, propriamente dito, já envolve um custo maior, mas com uma pesquisa um pouco mais eficiente, é possível encontrar no mercado ofertas muito atrativas e com resultados espetaculares. Aliás, quem dominar algumas ferramentas básicas até o pode fazer praticamente sem custo algum.

E porque me preocupo com o facto das empresas não terem um site?

Está tudo na Net!

No século XXI, a probabilidade de um qualquer potencial cliente procurar um determinado produto ou serviço através da Internet é esmagadora. Ainda se lembra das Páginas Amarelas? Agora existe a Net! Quer saber a morada de uma loja? Procura na Internet. Quer telefonar para saber o preço de um serviço? Recorre à Internet. Tem dúvidas quanto ao horário do supermercado? Net.

Desta forma, aquilo que uma empresa perde por não ter presença online – site e redes sociais só para falar nas mais relevantes – é muito superior ao eventual custo do investimento. É o preço de ficar associada a um passado que, quer queiramos ou não, já não volta.

E por maioria de razão, este investimento na presença digital é vital quando falamos de empresas que querem estar nos mercados externos. Ajustando a mensagem a esses mercados, nomeadamente através do idioma. Colocar um site em Inglês não chega. É bom, mas não é o ideal.

Acha que se pode dar ao luxo de perder uma hipótese de fazer negócio só porque não quis gastar pouco mais do que um salário mínimo por ano?

 

 

 

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Recomeçar em Idanha

Recomeçar em Idanha é estratégia para reter população

O pequeno município de Idanha-a-Nova, a poucos quilómetros de Castelo Branco, encetou em 2014 uma estratégia de atração de novos residentes. Assente num estilo de vida rural rodeado por natureza, “Recomeçar em Idanha-a-Nova” é uma estratégia de Place Branding que parece estar a dar os seus frutos. A fuga de residentes foi estancada e, só nos primeiros seis meses do projeto, 300 famílias manifestaram interesse em mudar-se para Idanha e “recomeçar” as suas vidas.

Desta forma, foram criados quatro grandes programas destinados a inspirar os residentes e atrair novas famílias para a região:

  • Idanha Green Valley, para “posicionar Idanha-a-Nova como o centro do conhecimento e inovação em assuntos relacionados com o campo”;
  • Idanha Vive, cm o objetivo de “criar condições para conseguir atrair e receber pessoas com talento que venham morar com as suas famílias” para o município;
  • Idanha Experimenta, o qual “com base num alargado leque de projetos”, pretende “dar a conhecer o dia-a-dia de Idanha-a-Nova e permitir que os interessados o testem antes de tomar a decisão de mudar com a sua família ou empresa”; e
  • Idanha Made In, que visa “dar a conhecer tudo o que Idanha-a-Nova tem de melhor, sejam produtos locais, cultura, eventos ou mesmo estes projetos, políticas e oportunidades que estão a ser criados”.

Percebe-se, assim, a distinção recebida por este projeto nos City/Nation/Place Awards – Forum para as Estratégias de Place Branding e Marketing, os quais foram atribuídos em Londres, no passado dia 8 de novembro. Idanha-a-Nova viu a sua ideia premiada com uma Alta Recomendação na categoria Place Brand do Ano. A vencedora foi a cidade de Eindhoven.

Parabéns a Idanha-a-Nova e à equipa consultora responsável pelo projeto, a Bloom Consulting.

O que é a gestão? O que faz um gestor?

Os picos picam. As melgas melgam. Os gestores gerem.

E o que é isso da gestão? Os mais velhos perguntem às suas mães como faziam para fazer render os salários dos pais ao longo de um mês. Só se consegue gerir o que se tem. Quando se gere o que não se tem, porque outros mais tarde o pagarão, gastando-se mais do que se ganha, cria-se um défice, ou seja, um diferencial negativo nas contas. Mas isso já é outra história…

Então, o que é isso da gestão? Gerir implica a obtenção de resultados através dos esforços dos outros. Um gestor utiliza os recursos humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e de informação ao seu dispor. Através de diversos processos, o gestor vai alcançar determinadas metas, fabricar produtos, disponibilizar serviços, obter ganhos de eficiência ou aumentar a eficácia.

As funções principais de um gestor resumem-se (por favor colocar entre aspas, porque quem faz da gestão a sua profissão sabe que são tarefas muito exigentes) a quatro grandes áreas:

Planeamento

  • Conhecendo-se os recursos à sua disposição o gestor traça a estratégia para alcançar os objetivos definidos. Para que esta estratégia possa ser conhecida de todos na empresa, e para que cada elemento saiba o que lhe compete fazer, elabora-se um guia o qual pretende antecipar – tanto quanto for possível – as ações e tarefas a executar;

Organização

  • Após se saber o que se deve e quando fazer, importa determinar quem e com que recursos. A este processo chama-se organização, na qual são estabelecidas as relações entre os diferentes recursos na prossecução dos objetivos;

Direção

  • Para que as ações planeadas e adjudicadas aos trabalhadores sejam efetivamente realizadas o gestor tem de dirigir a empresa. Isto significa liderar e influenciar os recursos humanos e levá-los a fazer o que deve ser feito. O gestor tem à sua disposição três importantes ferramentas para utilização diária e constante: motivação, liderança e comunicação;

Controlo

  • Infelizmente, uma grande parte dos empresários confia em demasia nas capacidades dos seus recursos humanos. Estes, mesmo sendo excelentes, possuem diferentes motivações e nem sempre atuam no melhor interesse da organização. Assim, ao gestor importa controlar todos os processos, adequando as tarefas aos melhores profissionais, aconselhando formação aos quadros quando necessário, recomendando ações corretivas ou simplesmente reformulando o plano inicial sempre que necessário.

Gerir é uma das missões mais complexas existentes nas empresas. Mesmo quando se gere o próprio património, qualquer decisão pode implicar uma quebra de receitas, o despedimento de funcionários, bem como a conquista de novos clientes, o aumento das vendas ou a internacionalização do negócio. Os altos e baixos da gestão fazem parte do dia-a-dia do gestor, cuja resiliência, capacidade de colaboração e de comunicação, conhecimentos de finanças e pensamento crítico são algumas das características mais apreciadas na atualidade.

 

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